Dentro de dez dias o Brasil vai voltar às urnas para escolher duas posições tão antagônicas para governar o país nos próximos quatro anos que mais se parecem nações e povos diferentes. Com isso, o debate sobre moral e ética na política voltou a ocupar lugar de destaque no cotidiano das pessoas. Apesar de que, muitos argumentam que um governante nem sempre pode dizer a verdade, o que torna, assim, a arte de governar entre diferentes e diferenças, muito difícil.
De um lado o Lulismo e o petismo. Lula é o candidato de uma coalizão eleitoral que conta com sete legendas, posicionando-se como líder de uma “frente ampla em defesa da democracia”. Ele também colheu apoios das mais diversas colorações ao longo do caminho: tucanos históricos, economistas liberais, velhos aliados como o PDT, caciques do MDB, ex-adversários como Simone Tebet e André Janones. Caso eleito, e se nada mudar nas leis do universo, certamente vai atrair muitos representantes do Centrão, que o ajudará na difícil arte de governar, abrindo espaços, certamente, para os novos aliados.
Mas apesar de o Brasil viver momentaneamente uma crise de confiança, em todos os sentidos e em todas as direções, reza a lenda que “desanimar não faz parte do vocabulário do brasileiro´´. Mas se conselho fosse bom não se dava e sim se vendia, vale “aconselhar´´ para o futuro governante entre os diferentes e as diferenças, que é importante considerar que confiança depende mais de exemplos do que de pregação.
Mas na verdade, é que Lula soube captar essa desconfiança do povo brasileiro, porque, mesmo depois de ter sido mantido encarcerado por 580 dias numa cela da PF em Curitiba, proibido de dar entrevistas e de aparecer em público, e após um longo tempo de perseguição da mídia conservadora, o candidato que se encontra à frente das pesquisas para o segundo turno, manteve sua honra e o seu legado intactos, já que ainda é avaliado pela maioria dos brasileiros como o melhor presidente que o Brasil já teve.
Fonte: Jornal de Arapiraca/ Claudio Bulgarelli