Apesar da crise que atingiu as famílias nos últimos dois anos devido a Covid-19, com milhares de pessoas que perderam o emprego, centenas de empresas que fecharam suas portas e uma inflação galopante numa fase de pós pandemia, que tem corroído o poder de compras do maceioense, a Fecomércio Alagoas revelou, em recente pesquisa, aquela da Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que as pessoas estão mais confiantes em gastar. Segundo a entidade, em julho, a intenção de consumo atingiu 108 pontos, consolidando o quadro de otimismo registrado no primeiro semestre de 2022.
O levantamento, que é elaborado pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta ainda para um crescimento de 4,5% de junho a julho. No ano, o índice registra elevação de 7%, seguindo a tendência de alta demonstrada em âmbito nacional, que, na média, já alcança 3%. Com crescimento de 19,88%, na comparação anual, o índice que mensura o grau de satisfação em termos de emprego, renda e capacidade de consumo volta ao patamar pré-pandemia e apresenta a melhor marca desde julho de 2019.
Para o economista e coordenador do Instituto Fecomércio Alagoas, Victor Hortencio, esse cenário é resultado do abrandamento da pandemia e a consequente flexibilização das restrições nas atividades comerciais em todo o Brasil. E apesar do impacto da inflação e da alta de juros no orçamento familiar, a pesquisa aponta que, ainda assim, a população da capital alagoana conseguiu elevar o nível de consumo. No entanto, o panorama mais otimista em julho pode ser explicado pelo contexto de redução do teto do ICMS dos combustíveis para 17%”. Segundo ele, a redução tem um impacto forte no curto prazo e diminui os preços de produtos estratégicos, o que impacta diretamente no movimento inflacionário visto no país nos últimos dois anos.
Fonte: Jornal de Arapiraca /Cláudio Bulgarelli