Associação Comunitária resgata projeto de memórias do bairro Canafístula

Bairro é um mais antigos de Arapiraca e guarda patrimônios culturais

A Associação de Moradores do bairro da Canafístula está organizando o projeto Memória Viva para contar a história da comunidade e garantir que as histórias vividas pelos seus moradores não se percam com o tempo. O projeto é dividido em duas partes, a primeira que é a construção do espaço físico para visitação com quadros dos moradores feitos pela artista plástica Rebecca Becarte, e a segunda culmina na publicação de um livro que reunirá as histórias do bairro, dos moradores, de como a comunidade se ergueu na capital do Agreste. 

O projeto foi criado em 1995, pelo presidente da Associação da época Ronaldo Oliveira junto ao grupo Jovens Unidos da Canafístula (JUC), mas não avançou. Agora, a presidência da associação, junto ao secretário de Cultura de Arapiraca, Wellington Magalhães, que também é um filho do bairro, resgatou o projeto que visa contar a história de um dos bairros mais antigos de Arapiraca.

O foco do projeto é destacar os moradores que contribuíram para que o bairro da Canafístula fosse reconhecido na cidade. Parteiras, professores, catequistas, fazedores da arte popular, todos terão espaço no projeto, de acordo com o coordenador Denir Lopes. Entre os moradores que terão destaque está Antônio Feliciano, primeiro presidente da Associação que existe há 35 anos; e Manoel João, que doou o terreno para a construção da primeira escola da comunidade, a Escola Reunida da Canafístula, que hoje é uma escola estadual e carrega o nome de um dos principais educadores do município, o professor Moacir Teófilo. Ao todo, mais de 30 pessoas serão homenageadas. 

A Associação está aberta para que os parentes daqueles que já faleceram levem fotos, testemunhos, quaisquer informações que possam contribuir na construção do acervo que será aberto para visitas após a conclusão da obra de reforma da sede em parceria com a Prefeitura de Arapiraca e Ministério Público.

“Continuaremos catalogando e aumentando a pesquisa com outros moradores que contribuíram com a história do bairro e que participam de grupos culturais, já que a cultura é a nossa maior riqueza”, finalizou o coordenador do projeto. 

Fonte: Jornal ,do Interior/ Lysanne Ferro