Bilionários brasileiros perdem US$ 8,3 bilhões em julho; Jorge Lemann lidera quedas

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O mês de julho marcou a perda de US$ 8,3 bilhões na fortuna dos principais bilionários brasileiros, segundo estimativas da Forbes com base no fechamento das bolsas de valores ontem (30). A queda total foi puxada principalmente pela redução no patrimônio de Jorge Paulo Lemann, segunda pessoa mais rica do país e cofundador da AmBev.

No começo do mês, Lemann ocupava o primeiro lugar no ranking de bilionários brasileiros, com fortuna estimada pela Forbes em US$ 19,5 bilhões. Após 30 dias e uma queda de aproximadamente 13%, o patrimônio dele havia reduzido para US$ 16,8 bilhões. O movimento foi parcialmente motivado pela redução de 3,26% nas ações da AmBev (ABEV3), empresa fundada pelo bilionário.

Lemann também é acionista do Burger King (BKBR3), cujos papéis caíram 11,37%, das Lojas Americanas (LAME4), que caíram 66,38%, e da Gafisa (GFSA3), que teve suas ações reduzidas em 16,07%.

Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, cofundadores da AmBev e acionistas das outras três empresas, também tiveram a fortuna reduzida. Telles, que começou o mês com US$ 13 bilhões, hoje possui US$ 11,7 bilhões. Já para Sicupira, a fortuna reduziu de US$ 10 bilhões para US$ 8,8 bilhões.

Juntos, os três empresários perderam US$ 5,2 bilhões, cerca de 60% de todas as perdas registradas no mundo dos principais bilionários brasileiros no último mês. Ainda assim, o Brasil manteve 67 nomes na lista internacional de Bilionários do Mundo da Forbes. Para fazer parte da lista, é preciso ter patrimônio de pelo menos US$ 1 bilhão, o equivalente a R$ 5,2 bilhões, com base no fechamento da cotação do dólar ontem (30).

Além de Lemann, Telles e Sicupira, outros bilionários registraram perdas menores. É o caso de Walter Faria, dono do grupo Petrópolis. Nos últimos 30 dias, sua fortuna encolheu US$ 400 milhões, para US$ 13 bilhões. Atualmente, ele ocupa a 20ª posição do ranking de bilionários brasileiros.

Já a fortuna da família dona do grupo Hapvida (HAPV3), representada no ranking por Cândido Pinheiro Koren de Lima, fundador da empresa, e seus dois filhos, Jorge Pinheiro Koren de Lima e Cândido Pinheiro Koren de Lima Junior, reduziu em US$ 500 milhões. Juntos, a fortuna dos três está estimada em US$ 7,5 bilhões.

Mas em meio às perdas também há ganhos, e o mais expressivo foi registrado pelo bilionário Rubens Ometto Silveira Mello, fundador da Cosan (CSAN3), e pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, da companhia JBS (JBSS3).

Ometto segue com o título de empresário que mais ganhou dinheiro em 2021. No mês de julho, sua fortuna cresceu para US$ 9,6 bilhões, com ganho de US$ 500 milhões após a alta de 6,49% nas ações da Cosan. Já os irmãos Batista, que dividem a 15° posição entre os brasileiros mais ricos do mundo, ganharam US$ 300 milhões cada um. Ao fim do mês, a fortuna de ambos está estimada em US$ em 3,8 bilhões.

Fonte: Terra