Neide Brandão / Ascom Sesau
A prática regular de atividades físicas é um dos pilares para uma vida saudável, especialmente quando se trata da saúde do coração. De acordo com o cardiologista Leandro Castelo, do Hospital do Coração Alagoano, os benefícios dos exercícios vão além da melhora do condicionamento físico, com impacto direto na prevenção e no tratamento de diversas condições cardíacas.
Ele explica que exercitar-se regularmente diminui significativamente o risco de infarto agudo do miocárdio. “Quando a pessoa se exercita, ela melhora a circulação sanguínea, o funcionamento do coração e a capacidade do organismo de lidar com o estresse. Isso ajuda a reduzir fatores de risco como hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e diabetes, que são comumente associados a doenças cardíacas”, afirma o cardiologista, reforçando que a atividade física é reconhecida por todas as sociedades, brasileira e internacionais, como benefício na prevenção das doenças cardiovasculares.
Essas sociedades recomendam o mínimo de 150 minutos de atividade física de moderada intensidade ou então 75 minutos de atividade física mais intensa. Para pacientes que já sofreram um infarto, a atividade física supervisionada é um componente fundamental da recuperação. Segundo o cardiologista, o exercício ajuda na reabilitação cardiovascular, promovendo uma melhor função do coração e aumentando a resistência física do paciente. “A prática de exercícios, quando bem orientada, contribui para a melhoria da capacidade funcional do coração, o que pode reduzir a necessidade de medicamentos a longo prazo e melhorar a qualidade de vida”, explica.
O cardiologista acrescenta que, com a orientação médica correta, a atividade física pode ser uma aliada importante para a recuperação total do paciente. “A prática de exercícios adequados ajuda na melhora da função cardíaca, no controle de peso e no controle de outros fatores de risco como colesterol elevado e diabetes.”
Controle de hipertensão, colesterol e diabetes
O exercício também tem efeitos positivos sobre fatores que estão diretamente relacionados ao risco cardiovascular. Leandro Castelo ressalta que a hipertensão arterial, por exemplo, pode ser controlada com a prática de atividades físicas regulares. “O exercício é um dos tratamentos não medicamentosos mais eficazes para a hipertensão. Ele auxilia na diminuição da pressão arterial e no fortalecimento do coração”, comenta.
Em relação ao colesterol, o especialista observa que o exercício físico pode aumentar os níveis de HDL (colesterol bom) e diminuir os níveis de LDL (colesterol ruim). “Com a prática regular de atividades físicas, o corpo tende a melhorar o perfil lipídico, diminuindo os riscos de aterosclerose e, consequentemente, de infarto”, explica.
Além disso, no que diz respeito ao diabetes, o cardiologista enfatiza que a atividade física ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue. “A atividade física é fundamental para a prevenção e controle do diabetes tipo 2, pois ela melhora a sensibilidade à insulina, o que facilita o controle da glicemia”, pontua.
A obesidade é outro fator de risco para doenças cardíacas, e o exercício é uma ferramenta importante para o controle de peso. “A prática de exercícios físicos regulares, aliada a uma alimentação balanceada, é a melhor forma de manter um peso saudável e prevenir doenças cardíacas relacionadas à obesidade, como insuficiência cardíaca e arritmias”, afirma o especialista.
Para o cardiologista, a prática regular de atividade física é uma das formas mais poderosas de prevenir e tratar doenças cardiovasculares. “O exercício, além de promover um coração saudável, melhora a circulação, controla o colesterol, previne a hipertensão, reduz a obesidade e auxilia na recuperação de pacientes pós-infartos. Adotar um estilo de vida ativo é uma das atitudes mais simples e eficazes que uma pessoa pode tomar para garantir a saúde do seu coração ao longo da vida. Manter-se fisicamente ativo, aliado a uma alimentação balanceada e acompanhamento médico, é fundamental para promover uma vida longa e saudável, protegendo o coração contra diversas condições prejudiciais”, conclui o especialista.