Covid-19: queda na expectativa de vida é a maior desde 2ª Guerra

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A pandemia da Covid-19 provocou a maior redução na expectativa de vida desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicado nesta segunda-feira (27/9) no International Journal of Epidemiology.

Os cientistas analisaram dados de mortalidade de 2020 de 29 países, incluindo Estados Unidos, Chile e nações da Europa. Até 27 deles têm números que indicam redução da expectativa de vida em 2020. Os homens norte-americanos foram os mais afetados, com um declínio de até 2,2 anos em relação a 2019. Para os homens italianos, a redução foi de 1,7 ano.PUBLICIDADE

“Para países da Europa Ocidental, como Espanha, Inglaterra e País de Gales, Itália, Bélgica, entre outros, a última vez que essas grandes magnitudes de declínios na expectativa de vida ao nascer foram observadas em um único ano foi durante a Segunda Guerra Mundial”, lembrou José Manuel Aburto, um dos autores da pesquisa ao portal da Universidade de Oxford.

Em 22 países, a expectativa de vida diminuiu em mais de seis meses no período analisado. Para homens de 11 países e mulheres de oito, a redução ultrapassa um ano. “Levou em média 5,6 anos para esses países atingirem um aumento de um ano na expectativa de vida recentemente. O progresso foi eliminado ao longo de 2020 pela Covid-19”, lembra Aburto.

A expectativa de vida é a idade média que um recém-nascido viverá levando em consideração as taxas de mortalidade atuais, caso sejam mantidas as mesmas condições de vida. Desde o início da pandemia, mais de 4,7 milhões óbitos relacionados à infecção do novo coronavírus foram registrados, de acordo com o monitoramento da Universidade Johns Hopkins.

“Embora saibamos que há vários problemas relacionados à contagem de mortes de Covid-19, como testes inadequados ou classificação incorreta, o fato de que nossos resultados destacam um impacto tão grande que é diretamente atribuível à Covid-19 mostra como foi um choque devastador para muitos países”, disse Ridhi Kashyap, principal autor do estudo.

Fonte: Metrópoles

28/09/2021 14h10