Covid: estudo mostra diferença entre sintomas de vacinados e não vacinados

Foto: Agência Brasil

Levantamento produzido pelo ZOE COVID Symptom Study — iniciativa promovida por cientistas do King’s College London, em parceria com outras instituições de pesquisa — lista alguns dos sintomas mais relatados por quem já teve Covid-19, incluindo a população vacinada com uma ou duas doses contra o coronavírus. Para reunir esses dados, 1 milhão de moradores do Reino Unido informaram, por meio de um aplicativo criado pelos pesquisadores, de que forma o corpo estava reagindo à infecção.

O estudo, no entanto, não distingue pacientes infectados pela cepa original do coronavírus e os que foram contaminados pela variante Delta, que está em alta no Reino Unido. Por isso, os sintomas podem ser diferentes daqueles mais comuns no Brasil, onde a Delta ainda não é predominante.

De acordo com o levantamento, os principais sintomas informados pelos não vacinados foram: dor de cabeça, dor de garganta, coriza, febre e tosse persistente. A perda de olfato não foi tão comum entre os relatos, ficando em nono lugar, assim como a falta de ar, que ficou na 30ª posição.

Entre aqueles que se vacinaram com uma dose, apareceram sintomas que não eram tão comuns no início da pandemia, como coriza e espirros. Além destes, também foram recorrentes relatos de dor de garganta e tosse persistente. A febre, que já foi considerada um sintoma típico, tornou-se menos frequente nesse grupo.

Quando a pessoa está vacinada com duas doses, de acordo com a pesquisa, houve significativa diminuição nos relatos de sintomas, que duraram menos tempo quando se manifestaram, se comparados com quem foi parcialmente imunizado. Essa evidência confirma que a vacinação completa cumpre seu papel de evitar o agravamento da doença.

Em relação aos pacientes que já haviam completado o esquema vacinal, foram mais comuns os relatos de dor de cabeça, espirros, dor de garganta e perda de olfato. Nessas pessoas, a tosse persistente foi o oitavo sintoma mais comum; a febre apareceu como o 12º, e a falta de ar, em 29ª posição.

Fonte: Agência Brasil