Mais uma vez, apesar de toda a situação e conjuntura econômica vivida numa espécie de pós-pandemia da Covid-19, que deixou milhares de famílias falidas e empresas fechadas, Maceió vem registrando bons números do setor do comércio e serviços, ocupando lugar de destaque no Nordeste e surpreendendo economistas. É que a intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió alcançou, em setembro, pela primeira vez em sete anos, o patamar de 116 pontos. Esses bons números foram reveladoa pela Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Só não superou, ainda, o índice de 2018, quando o ICF atingiu 118 pontos.
Mas o que isso significa? Significa que o cenário positivo é reflexo de uma série de condições favoráveis, como a retomada econômica após a fase mais crítica da pandemia, proximidade das datas comemorativas de fim de ano; como a Black Friday, Natal e Ano Novo; aumento no mercado de trabalho e o acréscimo no valor do Auxílio Brasil, que passou de R$ 400,00 para R$ 600,00. Este último item conta, e muito, já que 211.910 alagoanos receberam o benefício em setembro.
Por outro lado, com os preços ainda altíssimos, mas com deflação registrada nos últimos três meses, e a alta dos juros, que pesa no orçamento das famílias, o maceioense já decidiu que o que quer mesmo é ir às compras, mesmo que até o momento seja apenas uma perspectiva de consumo, ou seja, intenção.
Mas foi com a intenção registrada pela Fecomércio Alagoas, que Maceió garantiu o título de melhor desempenho do Nordeste, superando outras capitais que sempre apresentaram índices de crescimento bem superiores à capital alagoana. Maceió superou Salvador, com 86 pontos, Fortaleza, com 82 pontos e Teresina com 96 pontos, que são as cidades com pontuação mais próxima no ranking da região.
Fonte: Jornal de Arapiraca/ Cláudio Bulgarelli