Homem acusado de matar o pai a pedradas no Sertão é condenado a 11 anos de reclusão 

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Após dois dias de julgamento, o Conselho de Sentença da Comarca de Mata Grande condenou Felipe da Silva Batalha a 11 anos e um mês de reclusão pelo crime bárbaro que praticou contra o próprio pai, o agricultor Cícero Vieira Batalha. O crime aconteceu em outubro de 2021, no município de Mata Grande, Sertão Alagoano. O réu confessou na época ao delegado do caso, Rodrigo Cavalcanti, que matou o pai à pedradas porque ele não quis adiantar parte da herança a que tinha direito.

O júri popular começou na tarde de terça-feira, 6, e a sentença só saiu na quarta-feira, 7, Os jurados acolheram a tese da acusação e condenaram o réu por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O júri foi conduzido pelo juiz Thiago Morais. 

“O acusado se utilizou de fogo para ocultar os restos mortais [do pai], impossibilitando até mesmo que os familiares pudessem velar o corpo da vítima, concedendo-lhe um sepultamento digno”, afirmou o magistrado na sentença. 

A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado e o réu não poderá recorrer da sentença em liberdade. 

Relembre o caso 

Um homem identificado como  Felipe da Silva Batalha, de 30 anos, foi preso em Santa Brígida (BA) suspeito de matar a pedradas o pai no povoado Santa Cruz do Deserto, em Mata Grande, Sertão alagoano. De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito ateou fogo ao corpo para não deixar vestígios. 

Ainda segundo informações, ao ser preso o homem relatou que tinha muitas brigas com o pai por causa de herança. O suspeito confessou que tentou fazer com que o pai desse, de forma antecipada, a sua parte na herança, mas não conseguiu.

O irmão do agricultor assassinado procurou a polícia de Mata Grande para relatar o desaparecimento da vítima e informou que o sobrinho tinha fugido. 

As buscas começaram e os policiais descobriram que o suspeito estava fugindo com a esposa e os dois filhos para São Paulo.

A prisão foi realizada na quinta – feira, 21, na Bahia, em uma operação das polícias Civil e Militar.

Ainda segundo o delegado, o preso levou os policiais até a propriedade do pai, onde o crime foi praticado, e contou como aconteceu o crime. Ele ainda deu detalhes de como carbonizou o corpo do pai, ficando cerca de duas horas mantendo o fogo aceso com pedaços de madeira e pneus.

O preso foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Fonte: Jornal de Arapiraca/ Rafaela Tenório