Ministério Público de Alagoas foi representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas – Foto: Ascom MP/AL / Arquivo
Por pouco, Tatiana da Silva Santos não foi mais uma vítima de feminicídio em Alagoas, mas sofreu a tentativa que a deixou muitos dias hospitalizada, entre a vida e a morte. Para que fosse feita a justiça, nesta quinta-feira (28), o Ministério Público de Alagoas (MP/AL) bem representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas manteve a sustentação da denúncia contra Alexandre Lourenço dos Santos Silva que teve como condenação 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O crime aconteceu em outubro de 2021, na Chã de Bebedouro, em Maceió.
Tatiana estava em Maceió justamente para fugir da perseguição e ameaça do condenado, mas ele acabou descobrindo o seu paradeiro. Considerado uma pessoa fria, Alexandre Lourenço planejou a morte da ex-mulher e, à luz do dia, nas proximidades do Complexo de Delegacias de Homicídio, ousadamente a esfaqueou oito vezes na região do abdome, gerando lesões dos seios às partes íntimas, exigindo que ela fosse submetida a procedimento cirúrgico no Hospital Geral do Estado (HGE).
Os relatos da vítima durante o júri reforçaram a postura da promotora de Justiça que apelou para o réu não ficar impune, livre e com coragem de finalizar o seu plano criminoso. Tatiana vivia violências domésticas com frequência, física e psicológica, até que decidiu sair de casa contrariando o seu algoz.
O caso
No dia 6 de outubro de 2021, Tatiana da Silva Santos desembarcou do ônibus na Chã de Bebedouro, e foi surpreendida com a presença do condenado. Câmeras registraram toda a movimentação de Alexandre Lourenço, do momento em que chegou ao local, ao em que arrasta a vítima pelos cabelos e leva para um beco. As pessoas acharam estranho ele retornar sozinho e empreender fuga numa bicicleta e ao averiguarem se depararam com a vítima sangrando.
Como sequelas da tentativa de feminicídio, a vítima ficou com limitações resultantes da cicatrização dos ferimentos, além das sequelas psicológicas, sendo impedida de trabalhar por um ano e dois meses. Antes da tentativa do crime, no mesmo dia, Alexandre Lourenço tinha ido à casa da vítima mas não conseguiu entrar, pois Tatiana fechou a porta. Porém, antes de deixar o local ele teria gritado “o que é seu está guardado” e mais tarde tentou cumprir a promessa.
Por Ascom MP/AL