POR REDAÇÃO
A Maternidade Mãe Rainha, vinculada ao Complexo Hospitalar Manoel André (CHAMA), em Arapiraca, encerra suas atividades no dia 20 de agosto de 2025. Reconhecida como a maior maternidade do Agreste alagoano, a unidade realiza mais de mil partos trimestralmente e é um pilar essencial para o atendimento de gestantes e recém-nascidos da região. O fechamento representa uma grande lacuna no sistema de saúde local, com potenciais impactos na saúde pública e no atendimento obstétrico.
O CHAMA justificou a decisão alegando que a manutenção da maternidade comprometeria a viabilidade financeira dos demais serviços prestados pelo hospital. A falta de credenciamento para atendimentos de alto risco, somada à ausência de repasses financeiros regulares para cobrir os custos dos procedimentos, tornou a operação insustentável. A instituição enfatizou que, diante da situação financeira delicada, a continuidade da maternidade se tornou inviável, afetando diretamente a sustentabilidade do hospital como um todo.
Em fevereiro de 2025, o hospital já havia informado a decisão ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), por meio de um ofício, e aguarda agora a definição sobre qual promotoria ficará encarregada da apuração do caso. A notícia gerou grande apreensão na comunidade, especialmente entre as gestantes, que dependem da unidade para o acompanhamento de suas gravidezes. O fechamento deixa uma grande dúvida sobre alternativas para o atendimento obstétrico na região, que ainda não foram claramente apresentadas pelas autoridades responsáveis.