Pelé, o Atleta do Século XX, morreu aos 82 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava se tratando de câncer. Foi dessa maneira que assisti à repórter comunicar o fato, ao vivo, diretamente da porta do hospital.
O impacto da notícia me causou um sentimento como se Pelé fosse da minha família. Pensei da minha e de bilhões de habitantes da Terra. Sentei para assistir os comentários em frente à televisão e comecei a recordar fatos e situações.
Os gênios que eu ouvia falar na escola, quando criança, eram músicos, cientistas, pintores, todos brancos. O nome de Pelé não constava nos livros didáticos. As crianças, hoje, sabem através das mídias e de inúmeros livros e filmes que um negro brasileiro é gênio na arte de jogar futebol.
A genialidade de Pelé não é reconhecida como um título honorífico conferido por uma academia de ciências, mas, pelas multidões deslumbradas que lotaram os estádios de futebol e, mais recentemente, as novas gerações se deslumbram assistindo suas jogadas magistrais disponibilizadas pela internet e nas redes sociais.
O estádio Rei Pelé, inaugurado no dia 25 de outubro de 1970, é um marco histórico para Alagoas. Passados 52 anos, me recordo do entusiasmo com que fui ao Trapichão, acompanhado por um vizinho, assistir ao jogo inaugural entre Seleção Alagoana e Santos Futebol Clube.
Por Geraldo de Majella