Em uma semana, Alagoas registrou pelo menos três casos de feminicídio. Dois crimes aconteceram na capital, Maceió, e outro foi registrado no ultimo dia 20, em Arapiraca, no Agreste alagoano. Em todos os casos, as mulheres foram assassinadas por companheiros com quem mantinham um casamento.
O caso mais recente foi uma tentativa de feminicidio na cidade de Traipu, onde uma servidora pública, identificada como Lidiane, foi esfaqueada pelo próprio companheiro.
Diante do aumento dos casos de feminicídios em Alagoas, o coletivo de mulheres composto por diversos movimentos sociais, entidades civis, além de independentes, decidiram se reunir e convocar atos públicos pelo fim da violência contra mulheres nesta sexta-feira (29).
O ato ocorrerá na Praça Luiz Pereira Lima, conhecida como antiga praça da Prefeitura, às 15 horas.
Em Maceió, a mobilização acontecerá na Praça Deodoro, em frente ao prédio do Tribunal de Justiça, a partir das 15 horas.
Com os atos públicos, o coletivo de mulheres pretende determinar uma agenda de cobrança de respostas a diversos órgãos públicos, alertando para o aumento de casos de violência contra as mulheres, que tem no feminicídio seu indiciador mais brutal.
Em entrevista para o Jornal de Arapiraca, a psicóloga especializada na saúde mental feminina. Palestrante e CEO Café Delas – Instituto que tem como foco combater todos os tipos de violência contra as mulheres, promovendo o empoderamento e fortalecimento do empreendedorismo feminino, Diana Moura, falou sobre o que será realizado em ação de combate à violência contra a mulher, posterior ao ato.
De acordo com ela, será organizado uma pauta de trabalhos que serão desenvolvidos pelo Coletivo e será divulgada em breve. “Elegeremos uma Diretoria Executiva para o Coletivo, que chega com força e promete ser um grupo unido no combate a desigualdade de gênero e no combate as violências que as mulheres sofrem continuamente”.
Diana moura alerta que a Violência física, moral, psicológica, sexual e patrimonial dificulta identificar na maioria dos casos, pela falta de informação.
“ A melhor maneira é se apropriar da lei Maria da Penha desde muito cedo para não naturalizar uma comunicação violenta, um aperto de bochecha e outras formas naturalizadas de violência contra meninas e mulheres. Outra sugestão é introduzir o debate nos espaços educacionais para conscientizar crianças e adolescentes, assim cm promover o mesmo movimento nos espaços público e privado”.
Fonte: Jornal de Arapiraca/ Rafaela Tenório