
Por Iranei Barreto
O Museu Palácio Marechal Floriano Peixoto (MUPA) abriga até 30 de junho a nova exposição individual do artista alagoano Persivaldo Figueirôa: “Cores e Ritmos – No Balanço do Guerreiro”. A mostra é realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).
A exposição presta homenagem aos mestres e mestras da cultura popular alagoana, aos folguedos e aos fazedores de cultura que mantêm vivas as tradições do estado. O público encontrará esculturas criadas com técnicas de papietagem e papel machê, enriquecidas com fitas, rendas, cordões e lantejoulas, elementos que traduzem a estética do universo popular.
Entre os homenageados, estão figuras como Dona Hilda do Coco, Nelson da Rabeca, além de representantes de diversos folguedos e o artista multifacetado Achiles Escobar.
A mostra foi concebida com um olhar especial para a acessibilidade. Além de textos em Braille, algumas peças poderão ser manuseadas pelo público, permitindo uma experiência sensorial que explora as diversas texturas das esculturas.
Como parte do processo de criação, Persivaldo promoveu oficinas com estudantes da rede pública e da Escola Ciro Acioli. Os trabalhos produzidos pelos alunos também integram a mostra, ampliando o diálogo entre arte, tradição e formação cultural.
Cores e Ritmos – No Balanço do Guerreiro convida escolas, amantes da arte e da cultura popular, bem como o público em geral, a mergulhar no imaginário popular alagoano. Cartelas informativas acompanham as peças, oferecendo contexto sobre as manifestações culturais e os mestres homenageados.
Sobre o artista
O trabalho de Persivaldo Figueirôa é marcado pelo figurativismo e pelo diálogo com o cotidiano, a religiosidade e o folclore nordestino. Além da pintura, desenvolve esculturas em papel, argila, ferro e máscaras de carnaval.
Seus murais de grandes dimensões estão espalhados por Alagoas, como no viaduto de Rio Largo, na Praia do Francês e no bairro do Jaraguá. O artista busca constantemente explorar novos suportes: “Tento aplicar o meu trabalho em todas as vertentes. Cenário de show, cenário de balé, tela, escultura, roupas que pinto, tudo serve como suporte para mostrar minha arte”, afirma.
Sua primeira exposição individual ocorreu em 1995. Desde então, Persivaldo participou de importantes exposições individuais e coletivas, salões de arte, projetos culturais e ações de arte-educação. Em 2020, foi selecionado para a Bienal Naïfs do Brasil, no Sesc Piracicaba (SP).
Serviço
Exposição: Cores e Ritmos – No Balanço do Guerreiro
📅 Até 30 de junho de 2025
📍 Museu Palácio Marechal Floriano Peixoto (MUPA), Maceió
🎟️ Entrada gratuita | Acessibilidade: textos em Braille e peças táteis










