Ascom PM
A ação rápida da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), por meio do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM), frustrou, na tarde de segunda-feira (24), o que poderia ser uma execução no chamado “tribunal do crime”, no município de Olha D’Água das Flores.
Três indivíduos foram flagrados na ocorrência, que envolveu os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menor e tortura. Apenas um era maior, com idade de 20 anos, os outros dois tinham 16 e 17 anos.
O fato ocorreu por volta das 17h, quando a guarnição de Rondas Ostensivas, com Apoio de Motocicletas (Rocam) do 7º BPM, realizava patrulhamento na comunidade Cohab, em um ponto conhecido pela ocorrência de tráfico de drogas.
Um homem tentou correr em direção a um terreno baldio ao perceber a presença da PM, mas diante da suspeita, foi alcançado e contido. Ele avisaria a outros indivíduos sobre a presença policial.
No terreno, havia três pessoas em uma cena evidente de tortura. Uma delas, amarrada e gravemente ferida pelos espancamentos, havia perdido bastante sangue. A situação caracterizava a prática conhecida como “tribunal do crime”, um julgamento arbitrário realizado por facções criminosas para punir membros que tenham cometido infrações.
Posteriormente, a vítima relatou que se a polícia não tivesse chegado, ela teria sido morta ali, pois a ordem de execução já tinha sido dada por telefone pelo chefe da facção.
Durante a abordagem, também foram encontradas drogas e uma arma artesanal calibre 12. Os atendimentos iniciais ocorreram no Hospital Regional de Santana do Ipanema, e, em seguida, o caso foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil, no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da mesma cidade.
O uso de algemas foi necessário para garantir a segurança da guarnição, dos envolvidos e de terceiros, devido ao caráter crítico do local e ao grande número de indivíduos detidos, com risco de fuga.