Primeira faculdade de Arapiraca foi fundada pelo ex-prefeito João Batista

Foto: Arquivo

O município de Arapiraca, às vésperas de completar 100 anos de emancipação de Limoeiro, vive uma importante fase quanto ao desenvolvimento da educação superior. Com 28 cursos oferecidos pela UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas, dezenas de cursos funcionando no campus da UFAL, e muitas faculdades particulares, vai longe o tempo em que seus administradores, tendo à frente o prefeito João Batista Pereira da Silva, lutavam incansavelmente pela primeira escola de nível superior, que foi criada por lei nº 719, de 13 de outubro de 1970.

Que tempos difíceis!

Uma administração diferente, moderna para a época, descentralizada, fizeram de um governo de tão somente três anos como o precursor do ensino superior na região, com Arapiraca centralizando outros 16 municípios. Antes, para um jovem arapiraquense tentar uma faculdade tinha que se deslocar para Maceió, Salvador, Recife, ou o sul do país. Que dizer das dificuldades financeiras para seguir um ideal! Era difícil, muito difícil.

João Batista Pereira da Silva, com uma assessoria de jovens – José Sylvio Rodrigues Cavalcante, Severino Barbosa Leão, José da Silva Lira, Raimundo Araújo, Manoel Ferreira Lira -, porém, pensava diferente. E atendeu os anseios de inúmeros pais: com o apoio do economista José Djalma Rocha, que foi o primeiro diretor da fundação que trouxe o ensino superior para Arapiraca, o incansável trabalho do professor e cônego Teófanes Augusto de Barros, lutaram junto ao MEC e conseguiram transformar o sonho em realidade.

Em 1971, o ensino superior surgiu com três cursos:  Estudos Sociais (englobando História e Geografia, Educação Moral e Cívica), Letras (Português/Inglês e Português/Francês) e Ciências (Matemática, Física, Química e Biologia), com 60 vagas cada um e funcionando na antiga escola Costa Rego como sede (cedida pelo Estado no período noturno).

AUTORIZAÇÃO PLENA

O curso de Letras foi autorizado a funcionar, com licenciatura plena, em 1989. Segundo relatório da Conselheira Zelma Gomes Parente de Barros, do Conselho Federal de Educação, datado de 05/10/89, “curso de Letras com habilitações em Português/Inglês e Português/Francês e suas respectivas literaturas foi autorizado a funcionar pela Portaria Ministerial nº 145, de 26/2/85, tendo em vista o Parecer do CEE/AL nº 281/84, que autorizou a conversão pela via de plenificação, da Licenciatura de Iº Grau, com 60 vagas anuais. Funciona no período noturno”.

A licenciatura plena do curso de letras foi ministrada pelos seguintes professores: Erasmo Soares de Araújo, Maria Gorete Liberato da Silva, Otoniel Felizardo de Souza, José Francisco Santana, Inalda Marta Duarte de Freitas, Maria Iêda de Almeida Barbosa Fernandes, Maria Madalena Barros de Menezes, Marta de Lourdes dos Santos,  Judith Fernandes de Lima, Marta de Lourdes Santos, Gilvan Custódio dos Santos, Cristóvão Félix Garcia, Rogério Auto Teófilo, Deusdeth Barbosa da Silva,  Maria José de Brito Araújo, Carlos Alberto de Freitas, Oliveiros Nunes Barbosa.

Hoje, UNEAL, com mais de 8.000 mil alunos e abrangendo todo o estado, é uma universidade pública, mantida pelo Estado de Alagoas, com 28 cursos. Continua sua sede na rua Governador Luiz Cavalcante, Alto do Cruzeiro, em Arapiraca, dividindo o espaço com a Escola Estadual Costa Rego.    

FONTE: JORNAL DE ARAPIRACA / MANOEL LIRA, ELI MÁRIO E ROBERTO BAÍA