O mundo real e o mitológico vivem horas de acerto de contas. Tudo provocado por um falso mito; ele é chamado de mito, porém, é falso porque existe. Existência física, um mamífero bípede que deveria pensar como um animal racional. Ele pensa, mas é isto que foi posto em discussão na justiça brasileira e internacional. Foi até presidente de um país pertencente a um planeta Terra plana, reto, quadrado ou retangular, podendo ser até triangular, contudo, este mundo não era redondo. Talvez esteja aí a mitologia desta estória que se está escrevendo nos anais dos tempos.
A mitologia brasileira, sabemos, é extensa. É verdade, também, que a mitologia deriva dos folclores de cada povo, de cada gente. Da imaginação coletiva de uma comunidade, levantam-se as personagens que alimentam as nossas fraquezas, angústias, sensação de gozo ou de martírio, ou ainda, um leve ar de poder. Mas tudo está relacionado com a mortal condição de cada ser vivente. Saci Pererê, a Cuca, Curupira,, Neguinho do Pastoreio, Iara, Caipora, entre tantas outras figuras que representam o nosso imaginário.
Um mito aclamado por muitos e um déspota misógino autoritário desprezado por outros tantos muitos, achava-se na berlinda da jurisprudência eleitoral e constitucional.
Houve a proclamação da falta de capacidade de ser eleito durante oito anos.
Há quem diga que o apenado, se fosse realmente um mito, seria o mula-sem-cabeça, um dos personagens do nosso mítico folclore brasileiro.
É mito ou minto?
Eis a questão!
Fonte: Jornal do Interior/ Carlo Bandeira