
Ruana Padilha / Ascom Sesau
Representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) e do Ministério da Saúde fizeram, nesta sexta-feira (25), uma visita no Quilombo dos Palmares, situado na Serra da Barriga, em União dos Palmares. Na oportunidade, eles discutiram e alinharam estratégias voltadas ao fortalecimento das políticas públicas de saúde para a população negra.
A ação faz parte do compromisso com a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), que reconhece o racismo como um determinante social de saúde e visa combater as desigualdades no acesso e na qualidade do atendimento oferecido às comunidades negras e quilombolas.
Durante a visita, os técnicos participaram de rodas de conversa com moradores e lideranças locais, ouvindo diretamente as demandas e desafios enfrentados pela população.
A gerente de Atenção Primária da Sesau, Krisna Rocha, destacou a importância da iniciativa. “Não basta formular políticas públicas sem ouvir quem vive a realidade do território. Essa visita é um passo essencial para construirmos ações mais efetivas e respeitosas com a população negra e quilombola de Alagoas”, afirmou.
Já a assessora técnica da Assessoria de Equidade Ético-Racial do Ministério da Saúde, Jaqueline Oliveira, disse que fortalecer a Atenção Primária e promover capacitações para os profissionais da rede são pontos centrais para garantir uma assistência mais humanizada e livre de preconceitos.
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“Estivemos no Quilombo dos Palmares celebrando a nossa resistência máxima que é o quilombo. Esse encontro com a ancestralidade nos energiza e, assim, podemos pensar em ações que qualifiquem, ainda mais, a saúde da população negra. Com apoio estratégico, estamos aqui e à disposição tanto do Estado quanto dos municípios que estão apoiando a implementação dessas políticas que são tão importante”, disse.
Promoção da Saúde
Instituída pelo Ministério da Saúde, em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) reconhece o racismo como um determinante social que dificulta o acesso de pessoas negras aos serviços de saúde. Alinhada às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a política busca promover a saúde integral dessa população, reduzir desigualdades e combater o racismo e a discriminação no SUS.