Por Rejane Barros
O espetáculo “Corpos Inclusivos” lotou o Teatro Hermeto Pascoal em Arapiraca, emocionando a plateia composta por amigos, familiares, artistas e críticos da dramaturgia local. Foi um verdadeiro show de inclusão e diversidade no palco.
O professor e diretor Henrique Avlis, visivelmente emocionado ao final do espetáculo, foi calorosamente abraçado por seus alunos e pelos atores de “Corpos Inclusivos”. Com quase 3 anos como professor de teatro na Pestalozzi Arapiraca, ele se tornou uma referência no estado de Alagoas quando o assunto é teatro inclusivo. No centenário de Arapiraca, presenteou a população com esse espetáculo marcante que entrará para a história e continuará a inspirar.
O projeto “Corpos Inclusivos”, idealizado pelo professor de teatro e diretor cultural, ator e coreógrafo Israel Henrique da Silva, tem como objetivo promover oficinas de dança e performance contemporânea para pessoas com deficiências. O projeto é direcionado a pessoas com deficiência (PCDs), como deficiência intelectual, física e Síndrome de Down que estudam pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Centro de Atendimento Educacional Pestalozzi pela instituição Pestalozzi de Arapiraca. A proposta é descobrir e explorar os limites dos corpos das pessoas com deficiência, suas limitações e potencialidades na dança performática. Além disso, o espetáculo “Corpos Inclusivos” desafia ativamente o capacitismo, que é a discriminação ou preconceito contra pessoas com deficiência. Ao colocar em evidência a capacidade artística e expressiva desses indivíduos, o teatro inclusivo não apenas celebra a diversidade, mas também questiona os estereótipos e barreiras que ainda existem na sociedade.
A homenagem à literatura e música brasileira, com a performance de “Morte e Vida Severina” do autor João Cabral de Melo Neto e a representação da música “Romaria” do cantor Renato Teixeira com a interpretação da nossa Senhora Aparecida, certamente acrescentou camadas de significado e identidade cultural ao espetáculo. É maravilhoso ver como a arte pode ser um veículo poderoso para transmitir mensagens de inclusão e diversidade.
Essa iniciativa destaca o poder transformador da arte e da inclusão, demonstrando que o teatro pode ser um espaço de expressão e empoderamento para todos os indivíduos. Viva a arte inclusiva!
Fotos: Samuel Vitor