Os casos de Covid-19 em Maceió continuam surgindo, mesmo com a pandemia declarada, de uma certa forma, sob controle. Agora, com os rumores da volta do uso de máscaras para prevenir o contágio de outra doença, a Varíola dos Macacos, a recomendação é para os profissionais de saúde e para os familiares que dividem o ambiente com pessoas infectadas e em isolamento. Os 8 casos suspeitos na capital alagoana, além de acender o alerta nas autoridades de saúde, começa a mexer com o humor das pessoas comuns, que nem bem saíram de uma pandemia, já pensam em enfrentar outra.
Para começar é bom entender um pouco sobre essa nova doença, que se espalha pelo mundo, com milhares de casos. E quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como ínguas), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. A varíola do macaco tem uma forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, ou em outra parte do corpo.
No Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), que é referência em Alagoas no tratamento de doenças infectocontagiosas, atenção total nas pessoas atendidas com sintomas suspeitos. Até o momento, no entanto, nenhum paciente avaliado necessitou de internação e eles aguardam os resultados dos exames em isolamento domiciliar.
Até porque, quem estiver realmente infectado, deve saber que as doses destinadas ao Brasil, que chegam em setembro, serão para profissionais de saúde e quem teve contato com doente. O Ministério da Saúde publicou uma nota afirmando que as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) destinadas ao Brasil deverão chegar em setembro. Cerca de 20 mil doses desembarcarão no país em setembro, e 30 mil, em outubro. Depois essas doses serão distribuídas para os Estados.
Apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. O esquema de vacinação será feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.
A aquisição será feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) porque a empresa dinamarquesa produtora da vacina não-replicante não tem escritório no Brasil nem pretende abrir representação no país. Existe um pedido da Opas para a aquisição de 100 mil doses de vacinas para as Américas. Dessas 100 mil doses, 50 mil serão adquiridas pelo Brasil, informou o Ministério da Saúde.
CLÁUDIO BULGARELLI
Fonte: Jornal de Arapiraca