Geraldo Cardoso e Sandro Becker: uma amizade para além da música

Os cantores alagoanos Geraldo Cardoso e Sandro Becker construíram suas carreiras musicais de sucesso dentro e fora de Alagoas, cada um a sua maneira, encontraram no amor pela música uma amizade que se estende ao longo dos anos. 

Juntos, têm rodado o Nordeste para falar de suas carreiras e apresentar suas novas músicas de trabalho, também estiveram na redação do Jornal de Arapiraca, durante visita a rádios da cidade. O primeiro contato entre os artistas se deu em Palmeira, quando Geraldo trabalhava em uma rádio da cidade, de lá pra cá o laço se estreitou ainda mais. Sandro e Geraldo já gravaram juntos, como a música “Sonho de amor sem Fim”. “Eu e o Sandro já temos uma parceria muito grande, dois clipe juntos, e tudo. Já nos conhecemos há muito tempo. A gente teve uma conversa, isso lá em Natal, e começamos a amadurecer a ideia de viajarmos juntos. Todos os anos eu visito rádios, agora tem podcast. Convidei o Sandro, ele topou e deu muito certo”, explicou Geraldo Cardoso.

A primeira vez tocando na rádio marcou para sempre a memória de Geraldo Cardoso, mesmo com as dificuldades,tanto que quase não acreditou que sua música tinha ultrapassado as fronteiras de Quebrangulo, sua cidade natal. “Eu tive várias alegrias dentro da música, mas a maior foi quando eu gravei meu primeiro disco e eu ouvi tocando no rádio. A primeira vez que eu me ouvi, foi uma emoção muito grande, porque é um sonho, né? Eu sonhava cantar só ali, com o quinteto que eu tinha naquela região ali, Quebrangulo e Palmeira dos Índios. Eu fui muito bem além, né? Eu gravei o Baião Aceso e as portas se abriram de uma forma gigantesca”, relembrou emocionado

Natural de União dos Palmares, Sandro Becker teve seu nome e talento reconhecidos após vencer o programa de calouros do Chacrinha. O sucesso de Julieta abriu portas de todo o mundo para o cantor, que também é humorista. “Essa música foi o divisor de águas da minha vida, vendeu um milhão de cópias no Brasil, e tem 38 gravações do exterior. É duplo sentido, eu faço piada, malícia, cacofonia, uso muitos aí. Uso implícito da língua portuguesa, né? Mas eu não gosto do palavrão, não ponho em músicas. Além disso, raça, religião e orientação sexual também não viram piada pra mim,  sempre tive muito cuidado com isso”, explicou. 

Becker passou por diversos programas de auditório, entre eles o de Silvio Santos, que marcou sua carreira. “Participar do programa do Silvio Santos, no Qual é a Música, que eu só assistia, e desde pequeno, quando eu ouvia o rádio, eu dizia, um dia eu vou estar aí dentro, era assim que eu sonhava, quando é que eu vou estar com o Silvio Santos, com o Chacrinha, só era a alegria”, contou.

Os artistas seguem pelo Nordeste para falar de suas carreiras e projetos solos e em parcerias.

Por Jornal de Arapiraca/ Lysanne Ferro